Páginas brancas, amareladas e manchadas Perfuminho de Sebo, embalagem do novo Letras em suas variáveis formas me interessam. Faço orelhas e marco os movimentos das páginas Cotidianamente faz companhia Para a solidão de uma paulista É romance, narrativa, crônica, ficção científica Do prefácio aos agradecimentos Sacoleja minha minha mente Abarrota a existência, borbulha, transfigura; Fazendo de mim, um ser liberto e in(can)descente!
Os efeitos da colonização Ainda é uma ferida aberta Sepultaram os donos da terra E hoje, seus descendentes penam Sobre a rotação do capital Vivenciam o genocídio em massa Onde suas etnias se liquidificam
Homens ditos civilizados Carregam a desumanidade e a cruz Silenciando o canto da terra Mas para aqueles que sobrevivem Passa-se de geração a geração o protesto e a reinvidicação
São os índios, os verdadeiros donos do Brasil Marcaram em mim a ascendência ameríndia O grito que não deve ser banido Nós estamos contra a força armada Contra o poder público ilegal Pois somos Xingu, Kaiowá, Xerente, Munduruku, Tubinambá... Raquel García.
Sobre a linha que se põe E a linha que nasce Em movimento de translação Hora beijo em sol Hora estalo os lábios em lua no céu, na tua entre o fechar do olhos, na boca sua! Além do espaço Cá me encontro Na inquietude horizontal dos corpos sem gravidade que sucumbem o desejo dimensional