Poesia estampada na Biblioteca Temática em Direitos Humanos. CFCCT
Se manca,
Se toque
Para com esse token
Eu, mulher preta
Vou falar de mim!
Não me peça calma
Meça suas palavras
Minha oralidade é tamanha
Feito som de alfaia
Eu, mulher preta
Vou prosseguir!
Nos desvios de cada fiu-fiu
Em noites de passos acelerados
Contra a colonização mental
Várias marcas
E cicatriz
Eu, mulher preta
Que sinto o arrepio!
Nessas tensões
Não lhe devo explicações
Sobre minha fala... minhas batalhas
Eu, mulher preta
É que sei de mim!
Raquel García.