Espumo minhas vontades
Pulverizo a necessidade
De sentir-me inteira
Atiçando prazer
De verdade
Direciono-me através da mente
Não indago,
Me faço quente
Me faço quente
Arrepio na pele
Extravaso,
Me moldo,
Desoriento
Reservo o querer para mim
Quando solta
Compartilho
Território dermo-gráfico
Exploro sozinha
Ou acompanhada
Pele palco principal
Do arrepio, do silêncio
Sem nenhum pio
Dança dos dedos
Em cada área do corpo
São linhas
Contornos
Entre xêros
E sopros
Agora ferve
... Molha!
... Molha!
Espuma todo o ambiente
Feito bolhas
(Dengosa)
(Dengosa)
Querer desintegrar
Transcender
Dar
E gemer
O silêncio desfaz
Suspiro música faz
Sua boca em minha vulva
Faz-me rio
Do seu mergulho.
Raquel García