domingo, abril 29

O que restar


Para a humanidade sem loucura
Resta o medo de tentar
Para as coisas injustas e errantes
Fica o resíduo hipócrita
Para o amante perdido
Resta a viúva da pátria morta
Para todo prazer desatado
Fica a frustração tão limitada
Mas para todo desgosto humano
Resta e fica amor
Que sempre será a principal essência
O fio-condutor da humanidade
E para todo amor que restar
É o que fará caminhar e enlouquecer
Pois para toda verdade
Resta utopia. 

Raquel García. 

quarta-feira, abril 4

Codinome Vida

Brincando e pintando o sete
Faz piadas com jeito mambembe
Por vezes foge do meu controle
Sedenta por mais amor, chacoalha esse ser
Arranha sem dó, mas passa
Logo levanta e brinca de esconde-esconde
Sempre deixando seus gostos
 Na medida necessária cria seus acasos
Um ali, outrora aqui
E tudo muda como uma nova artimanha
São probabilidades fora de rumo
Corre, deslizando do meu olhar
Registra com um lápis cada percurso
Na palma da minha mão fez um mapa
Em minha pele, marcas de existência
A malícia toma a mente
Ingênua, astuta e peralta
Criança, não deixe de existir!
Formadora do que há em mim
És o baú de lembranças
Eis minh'alma, codinome Vida.

Raquel García.

domingo, abril 1

Ao Ben de Jorge



Vou gingando com minha Menina Mulher
Essa Tereza da Pele Preta
No País Tropical sem Síndico
Me lanço aos beijos de Paixão e de Desejo
Bela, feita  Magnólia, Que Nêga é Essa?
Leva-me a Taj Mahal no balanço de seus quadris
De fevereiro em fevereiro
Esse carnaval que não tem fim
Sou homem forte cheio de porte
Do meu samba faço rock
Respeite minha conduta
Umbabarauma filho de São Jorge
Fogo e querer, quereres e Tchê Tchê
Gostosa, gostosa...
Maravilha para sonhar com você!

Raquel García.