domingo, abril 29

O que restar


Para a humanidade sem loucura
Resta o medo de tentar
Para as coisas injustas e errantes
Fica o resíduo hipócrita
Para o amante perdido
Resta a viúva da pátria morta
Para todo prazer desatado
Fica a frustração tão limitada
Mas para todo desgosto humano
Resta e fica amor
Que sempre será a principal essência
O fio-condutor da humanidade
E para todo amor que restar
É o que fará caminhar e enlouquecer
Pois para toda verdade
Resta utopia. 

Raquel García.