quinta-feira, fevereiro 13

Quente se faz ardente

Tão quente quanto às últimas temperaturas solar.
Com os pelos eriçados, escorre suas gotas sobre o contorno do rosto que leva o gosto do sal à boca.
Num passar de língua, molha seus dedos – indicador e anelar, para tocar lá.
Dança para si, na solitude proposital.
Seu pequeno espaço é tomado pelo perfume cítrico, rosado e íntimo, que se expande pelos quatro cantos, enquanto de quatro faz encantos.
Gosta daquilo que a reflete... Distorce.
Observando sua sombra reproduzida na parede imunda, ao se movimentar.
Um tanto Xângo quanto Oxum.

Raquel García.